A estimativa é que nos próximos dias comece essa fase da ação que deve aumentar de 8,5 metros para 10 metros a profundidade nesse trecho. De acordo com a CDSS, a licença de operação já foi emitida pela Cetesb e tem validade para até 2013.

O diretor de Gestão Portuária, Paulo Rogério de Souza Almeida, explica que o parecer servirá para identificação dos pontos de coleta da pré-dragagem, monitoramento de efluentes e monitoramento estrutural. Isso significa a identificação do local onde será depositado o material retirado do mar, a qualidade da água que retornará ao local de origem, entre outras situações. “É importante ressaltar que o sedimento retirado pela draga ficará depositado em uma área, já licenciada, dentro das dependências do porto”, explica Paulo Rogério.

Ainda segundo ele, posteriormente esse material poderá ser utilizado nas obras de ampliação do porto.

A previsão é que o desassoreamento seja executado no prazo máximo de 90 dias, sem prejuízo para a parada dos navios que atracam no porto. Conforme o diretor, quando houver movimentação, o trabalho da draga será paralisado.

Para o aumento do calado, os estudos apontam que será necessária a retirada de 140 mil metros cúbicos, volume considerado pequeno quando comparado com ação semelhante realizada no Porto de Santos, onde, em 2006, foram cerca de 500 mil m³ por dia. “A quantidade retirada aqui é suficiente para que o canal retorne à sua profundidade registrada durante uma batimetria realizada em 1938, que era de 10 metros”, esclarece Paulo Rogério.

O equipamento utilizado também é considerado de pequeno porte e cuja atividade é considerada mais simples e rápida. A draga de sucção e recalque tem as duas funções integradas, sendo que de uma ponta retira a areia e da outra já deposita esse material no ponto de descarte. Em casos mais complexos, como no Porto do Santos, o equipamento retirava a areia que ficava em seu ‘porão’ depois de atingir um nível era levado para alto mar onde o material era lançado na água.

A licitação do governo do Estado foi vencida pela Penascal Engenharia e Construção pelo custo de cerca de R$ 2,6 milhões.

Plano mercadológico quer ‘vender’ porto para interior

Proposta apresentada na última reunião do Conselho da Autoridade Portuária (CAP), a apresentação do Plano de Ação Mercadológico começa a dar resultados. Um gerente comercial foi contratado para ‘vender’ o Porto de São Sebastião a potenciais clientes importadores e exportadores no Vale do Paraíba, região de campinas e Sul de Minas.

O site da Companhia Docas São Sebastião (CDSS) também passa por alterações e, de acordo com Luiz Felipe Costa Santana, diretor operacional da Pólo Operadora Portuária e membro do CAP, “essa seria a fase zero para a ampliação do Porto de São Sebastião”.

Enquanto não sai o licenciamento do projeto retirado pelo governo do Estado do Ibama para ajustes, essa ação vai diretamente aos clientes como forma de aumentar a capacidade de movimentação, que hoje opera somente 50% da sua possibilidade, além de criar condição natural de regularidade de cargas pela malha rodoviária da região.

Ainda conforme Santana, também foi criado um comitê permanente com representantes dos trabalhadores e operadores portuários, além da Cia Docas São Sebastião com o objetivo de unir forças na propositura de intensificar a ocupação comercial do porto.

“Independente do que está para acontecer, essas ações vão maior vazão ao porto para importação e exportação, além de cargas em cabotagem”, complementa.

Esses resultados serão apresentados na próxima reunião do CAP, agendada para o dia 16 de setembro, às 10h, na sede da CDSS.

Banco de dados de empresas e serviços é novo recurso

O site do Porto de São Sebastião tem agora um cadastro gratuito para as empresas ligadas à atividade portuária. Ele permitirá aos interessados a busca por serviços e fornecedores, estimulando a atividade econômica e a competitividade, especialmente no Litoral Norte do Estado de São Paulo.

As empresas precisam apenas preencher o formulário disponível no site, de modo a gerar sua ficha no sistema. Ao ser aprovada pela administração do site, ela se torna fonte de consulta de todos os interessados na internet. O responsável pelo cadastro recebe sua senha para acesso à ficha, que pode ser alterada ou corrigida a qualquer momento.

O objetivo da Companhia Docas de São Sebastião (CDSS) ao incluir esse espaço em seu site internet é o de estimular os diferentes setores ligados à movimentação do porto, desde o transporte terrestre aos serviços de informática, e estimular um ambiente dinâmico e concorrencial, benéfico tanto às empresas quanto aos consumidores desses serviços.

Além das indicações básicas, como nome da empresa, endereço, telefone, endereço internet e/ou e-mail, cada ficha contém um resumo dos serviços e/ou produtos oferecidos, palavras-chave para busca rápida, e um formulário para consulta de clientes potenciais, que envia a mensagem postada diretamente à empresa, através do endereço de e-mail fornecido quando do preenchimento do formulário de cadastro.

O banco de dados de empresas e serviços aproxima fornecedores e clientes, facilita a comunicação e a consulta, transformando-se aos poucos numa referência em relação às atividades relacionadas direta ou indiretamente ao porto e sua atividade. O site do porto é www.portodesaosebastiao.com.br.