Monitoramento Ambiental
Programa de Monitoramento Ambiental
O Programa de Monitoramento Ambiental do Porto de São Sebastião é um amplo e complexo programa que abrange as instalações e o entorno do porto, incluindo o Canal de São Sebastião, a Enseada do Araçá e trechos da cidade. Ele é parte integrante do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento aprovado em 2009.
Ambientes como córregos, manguezais, costões rochosos e praias são monitorados por meio de estudos das aves, da vegetação, das águas, dos peixes e outros organismos aquáticos. Todo o conjunto de dados gerados ao longo do monitoramento dá suporte para a avaliação da qualidade ambiental da região, subsidiando melhorias na gestão ambiental portuária.
A condução das coletas, análises e elaboração dos relatórios técnicos, é executada por uma equipe de profissionais altamente qualificados e especializados em suas áreas de atuação, com amplo histórico e conhecimentos das características ambientais do Canal de São Sebastião.
Convidamos você a conhecer os planos e programas ambientais desenvolvidos até o momento, reunidos em subgrupos e detalhados a seguir.
Monitoramento da Biota Aquática
O Programa de Monitoramento da Biota Aquática prevê várias avaliações dos principais seres vivos que são encontrados na região do Canal de São Sebastião e Enseada do Araçá.
O objetivo desses monitoramentos é conhecer e descrever os seres vivos dessa área e descobrir como eles vivem e qual a influência das atividades portuárias sobre eles. Para isso, são avaliados em alguns monitoramentos: a quantidade de espécies no local, a presença de espécies que podem vir de outras regiões com os navios (espécies exóticas) e se há contaminação nos animais coletados, como peixes e mexilhões.
Também contempla ensaios de bioacumulação para identificar a presença de compostos químicos nos tecidos biológicos de peixes, crustáceos e moluscos, conforme detalhado no monitoramento de organismos bioindicadores. O Programa de Monitoramento da Biota Aquática é composto pelos seguintes monitoramentos:
Com isso, é possível propor ações que garantam a qualidade ambiental e minimizem quaisquer possíveis impactos.
O Programa de Monitoramento da Biota Aquática é composto pelos seguintes monitoramentos:
Esse monitoramento avalia os seres vivos que habitam a coluna d’água e o fundo do canal de São Sebastião e na entrada da Baía do Araçá. São realizados “arrastos de fundo” para capturar os animais que vivem ali, como peixes, siris, caranguejos, ermitões, estrelas-do-mar, entre outros. Com esse monitoramento é possível descrever as espécies presentes, a quantidade de seres de cada espécie e identificar mudanças desses padrões ao longo do ano.
Algumas espécies são selecionadas para estudos de contaminação. As espécies escolhidas devem viver no fundo ou se alimentar de animais que vivem no fundo. Assim, elas podem ajudar a indicar se há algum tipo de substância contaminante na areia ou lama. Nesse caso, os animais são capturados e partes de seus corpos são analisadas para identificar a presença de substâncias poluentes, como cobre, mercúrio e chumbo.
Esse monitoramento ocorre a cada seis meses em cada um dos 5 pontos de coleta.
O plâncton é um grupo de seres vivos, muito pequenos na sua maioria, que vivem a deriva na correnteza d’água. Mesmo quanto eles tem movimentos próprios, eles não tem a capacidade de escolher para onde nadam. Eles são muito importantes, porque são alimento para muitos outros seres vivos, fornecendo energia para esses animais. As algas minúsculas que fazem parte plâncton são chamadas de fitoplâncton e também são responsáveis pela produção de oxigênio, como as plantas. Os animais que fazem parte do plâncton, como larvas de peixes e de caranguejos, são chamados de “zooplâncton”.
O monitoramento desses organismos ocorre a cada 3 meses. O objetivo desse monitoramento é entender se existem mudanças nas espécies de acordo com a estação do ano e devido à ação do Porto de São Sebastião por meio da avaliação da quantidade desses seres ali e das espécies que estão presentes.
Os organismos que vivem associados com a areia ou lama do fundo e com as rochas da costeira são chamados de seres bentônicos. Alguns os seres encontrados nessa região são mexilhões, ostras, algas e caranguejos.
Para o monitoramento desses seres, são realizadas coletas no fundo do canal de São Sebastião e Baía do Araçá, nos costões rochosos da região e nos pilares dos berços de atracação do cais do Porto.
O objetivo desse monitoramento é entender se existem mudanças nas espécies de acordo com a estação do ano e devido à ação do Porto de São Sebastião por meio da avaliação da quantidade desses seres e das espécies que estão presentes. Além disso, esse monitoramento prevê identificar a presença de espécies que não típica dessa região e que podem ter sido trazidas pelos navios, as chamadas “espécies exóticas”.
O monitoramento desses organismos ocorrem a cada 3 meses. Em cada local a coleta é feita de um jeito diferente, de acordo com a necessidade do local, como raspagem no costão rochoso ou draga manual no fundo do canal. Todos os seres coletados são identificados e contados.
Um dos tipos de animal bioindicador é aquele que pode acumular no seu corpo algum tipo de poluente. Como existem animais marinhos que servem de alimento para pessoas em São Sebastião é importante saber se esses seres apresentam alguma substância prejudicial em seu corpo. Esse monitoramento busca atestar a qualidade dos frutos do mar da região de atuação do Porto. Para isso, são feitas análises nos berbigões coletados na Baía do Araçá, já que esse animal é consumido pelas pessoas dali.
A coleta desses animais é feita a cada seis meses. Eles são coletados tanto manualmente na Baía do Araçá e por meio de rede de arrasto no Canal de São Sebastião e também na Baía do Araçá.
Monitoramento Biológico do Entorno do Porto
O Monitoramento de Manguezais no Entorno do Porto é feito na Baía do Araçá e nas imediações da balsa. Esse monitoramento verifica as condições ambientais da floresta de mangue (espécies presentes, árvores vivas e mortas e crescimento das árvores, por exemplo) e identificar se há influência das atividades portuárias sobre esse importante ecossistema.
Dessa forma, será possível pensar em formas de preservar esse importante ambiente.
Esse monitoramento ocorre a cada seis meses.
As aves são importantes indicadores de qualidade ambiental e podem indicar alterações que estejam ocorrendo nos locais que habitam. Por isso, o Plano de Monitoramento de Avifauna, que é uma exigência do IBAMA, tem como objetivo avaliar se as atividades do Porto estão afetando as aves das regiões próximas à área portuária.
No Plano de monitoramento de avifauna é feita uma avaliação quantitativa (quantos indivíduos são observados) e qualitativa (quais as
espécies são observadas). Portanto com o passar to tempo, é possível verificar se o número de indivíduos e/ou os tipos de aves observadas estão
variando, e quais os impactos dessas variações.
Essas observações das aves ocorrem a cada dois meses, em seis pontos. Em cada campanha há observações no começo da manhã e no final
da tarde em todos os pontos, período de maior atividade das aves.
As observações feitas nas campanhas deverão ser base para a criação de um Inventário da Avifauna na Área de Influência do Porto Público de
São Sebastião. Este inventário deverá ter informações e fotos das espécies observadas, bem como, hábitos alimentares e migratórios, grau de ameaça de extinção e etc.”
Monitoramento de Efluentes
Além do esgoto comum gerado no porto e coletado pela rede de esgoto municipal, o Porto de São Sebastião não gera outro tipo de efluente direto. Dessa forma, O Monitoramento de Efluentes tem como o foco das análises a água de chuva que escoa pela área do Porto e são captadas pelo sistema de drenagem.
Assim, o principal objetivo do programa é monitorar e avaliar as características físicas, químicas e biológicas da água de drenagem da área portuária, bem como verificar a eficiência do mecanismo de separação de água, óleo e sedimentos.
As coletas ocorrem a cada três meses e são efetuadas nos cinco pontos de lançamento do sistema de drenagem, sempre após a ocorrência de chuvas.
Monitoramento da Qualidade da água Marinha
O programa de Monitoramento da Qualidade da água Marinha na área de entorno do Porto é realizado em pontos dentro do canal de São Sebastião e nos Córregos do Outeiro e Mãe Isabel. Todos incluem, quando viável, coletas de água na superfície, meio e fundo da coluna d’água.
As coletas ocorrem a cada três meses, onde são analisados os principais parâmetros físicos, químicos e biológicos correspondentes ao ponto de coleta.
Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos
O Plano de Monitoramento de sedimentos tem o objetivo avaliar as características dos sedimentos na área de influência do Porto Público de São Sebastião.
O sedimento tem grande importância em ambientes aquáticos. Várias substâncias podem ficar armazenadas na lama ou na areia. No sedimento também se encontram nutrientes que são podem ser disponibilizados para a água servindo, de alimento para vários organismos.
Em regiões portuárias os sedimentos podem ser removidos pela dragagem, liberando poluentes químicos que estavam enterrados. Por isso o monitoramento do sedimento é tão importante.
No caso do Porto de São Sebastião a dragagem não é feita com tanta freqüência, pois naturalmente o canal de navegação já é fundo o suficiente. No entanto, quando essa atividade for ocorrer, é fundamental que se entenda as características do local de dragagem.
Esse monitoramento é feito a cada 3 meses e é efetuado em 5 pontos do canal de navegação. Nessas amostras são verificadas características físicas, químicas e biológicas, como salinidade e temperatura.
Monitoramento e Controle de Ruídos
O Monitoramento e Controle de Ruídos captam e avaliam os sons e ruídos emitidos em alguns pontos ao redor da área o do porto, para poder determinar se essas emissões são das atividades portuárias e/ou se causam incômodos à vizinhança.
Esse monitoramento ocorre duas vezes por ano, em três locais.
Monitoramento de Solo e água Subterrânea
Existem dentro da área do porto de São Sebastião, 17 poços de monitoramento de águas subterrâneas. Destes poços, são coletadas amostras de água para análise de parâmetros como a quantidade de sais, acidez, presença de poluentes e/ou contaminantes que possam ter infiltrado pelo solo.
Monitorar esses parâmetros é fundamental para subsidiar ações de controle para possíveis impactos ambientais que possam ser gerados devido às atividades portuárias.
Esse monitoramento ocorre a cada três meses.
Programa de Gerenciamento e Monitoramento de Emissões Atmosféricas – PGMEA
Este programa abrange o planejamento, realização, monitoramentos e gerenciamento das emissões de fontes móveis e fixas oriundas das atividades portuárias, envolvidas com os descarregamentos de granéis sólidos, as movimentações internas de caminhões e as obras de engenharia através dos equipamentos: opacímetro e HIVOL, além da emissão dos Gases de Efeito Estufa (GEE).
Monitoramento da Qualidade dos Sedimentos
O objetivo do Plano de Controle de Fauna Sinantrópica é estabelecer orientações visando promover ações de caráter corretivo e preventivo, para a eliminação de pragas urbanas nas áreas internas e externas do Porto de São Sebastião, mantendo suas áreas isentas de criadouros de larvas e espécies adultas de insetos, roedores e quaisquer outros vetores transmissores de doenças. Este plano tem caráter permanente, pois os portos são instalações sujeitas ao alojamento e proliferação de vetores. Mesmo que eles sejam temporariamente eliminados, o controle dos vetores deve ser realizado constantemente, evitando-se o aparecimento de novos focos.
Plano de Dragagem
Dragagem define-se como o serviço de desassoreamento, alargamento, desobstrução, remoção, derrocamento ou escavação de material do fundo de rios, lagoas, mares, baías e canais de acesso a portos. O principal objetivo é realizar a manutenção ou aumentar a profundidade. A dragagem ambiental visa a remoção de uma camada superficial de sedimento contaminado por compostos orgânicos e inorgânicos, sem que haja a ressuspensão destes contaminantes. Neste, existem procedimentos rigorosos aplicados tanto à operação de dragagem, quanto ao transporte e manejo do material dragado, assim como de sua disposição. No momento, não há um planejamento de dragagem na CDSS.